quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Criar para EMRC: Pedro Abrunhosa e a dignidade humana
Criar para EMRC: Pedro Abrunhosa e a dignidade humana: O primeiro video/poema não conhecia, mas andava pelo youtube na busca de alguma novidade para a aula do 9º ano e esbarrei com ele. O segund...
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
CIDADE DO VATICANO: SÍNODO
Tenho dado algumas notícias do Sínodo, mais sobre a
sequência dos seus trabalhos do que daquilo que por cá se vai dizendo. Agradeço
os comentários e as partilhas que muitos dos meus amigos, no facebook, fizeram
ao que fui noticiando. Como sabem, o que por cá se tem dito, nas Congregações
Gerais e nos Círculos Menores, não é definitivo nem oficial. Não viemos para
fazer isso. Viemos, com humildade e espírito de serviço colegial, a convite do
Santo Padre, para partilhar o que pensamos, sentimos, vemos e auguramos sobre
os desafios, a vocação e a missão da família na Igreja e no mundo
contemporâneo, tendo também em conta o que as Igrejas particulares disseram. E
tudo é, sem dúvida, de uma riqueza e diversidade extraordinárias, riqueza
partilhada em espírito de grande colaboração, sem levantar muros mas rasgando
horizontes e procurando abrir novos caminhos de ação pastoral. As diferenças
culturais e distintas sensibilidades são mais convergentes e complementares do
que discordantes ou contrapostas. Mas tudo quanto se partilhou e irá partilhar
nestes dias que faltam para o final do Sínodo, será apresentado ao Santo Padre
para que ele tome as medidas que lhe aprouver e fale a toda a Igreja com
conhecimento do que a mesma Igreja, espalhada por todo o mundo, pensa, vive e,
na prática, faz. Acolherá, com certeza, com muita delicadeza e atenção, tudo
quanto lhe é dito. Dirá, porém, como Pastor da Igreja Universal, o que, com a
presença e ação do Espírito Santo, discernir e lhe parecer melhor para o bem da
Igreja e, no caso, para o bem da família e da própria comunidade humana.
É evidente que a Igreja não se pode deixar condicionar por
modelos errados de pensamento e ação ou por sentimentos de falsa compaixão,
ferindo a verdade e a justiça. Não pode aplaudir quem queira promover os
pecados e os vícios a direitos humanos. Não pode prometer o que não pode dar.
Mas tem a obrigação de, em fidelidade ao Evangelho, o interpretar e anunciar em
cada tempo, com beleza e encanto, de forma a provocar e facilitar que cada
pessoa possa ter um encontro pessoal com Jesus Cristo, caminho, verdade e vida,
para que O siga com alegria e esperança.
Temos olhado para a família em toda a sua complexidade, nas
suas luzes e sombras, procurando iluminar as sombras e aplaudir as luzes. E se
estamos conscientes das dificuldades culturais e sociais que a família
enfrenta, muito mais conscientes estamos do valor e importância da família,
constituída por um homem e uma mulher e aberta aos filhos, para o progresso e
humanização da sociedade.
Hoje, de manhã e de tarde, tivemos trabalho de grupos.
Amanhã, de manhã, dia 20, voltaremos ao trabalho de grupos. De tarde, terá
lugar a XIV Congregação Geral.
19-10-2015 – D. Antonino Dias
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Entrevista ao Papa Francisco na revista Paris Match
![]() |
Desejo do Papa passear por Roma e "mangiare" uma boa pizza com os amigos |
Destacam-se, no entanto, a formação
jesuíta que agradece por tê-lo presenteado com o “discernimento tão querido por
Santo Inácio, a busca diária para conhecer melhor o Senhor e segui-lo
sempre mais de perto”. Ou talvez a devoção a Santa Teresa de Lisieux, "uma
das santas que mais nos fala da graça de Deus e de como Deus toma conta de
nós”, à qual se confia ainda hoje nos momentos de dificuldades.
Destacam-se também as declarações do estilo: “sempre fui um sacerdote de
estrada” e “também agora eu gostaria de passear pelas ruas de Roma, cidade
muito bonita”. Talvez vestido “simplesmente como um sacerdote?”, pergunta a
jornalista. “Não abandonei totalmente o clergyman negro debaixo da batina
branca!”, responde o Papa e reitera ainda o seu desejo de "’mangiare’ uma
boa pizza com os amigos”: “Sei que não é fácil, e mais praticamente impossível.
O que nunca me falta é o contacto com as pessoas. Encontro muitas, muito mais do
que quando eu estava em Buenos Aires, e isso me dá muita alegria! Quando abraço
as pessoas que encontro, sei que é Jesus que me segura nos braços”.
Sobre a pobreza, são duríssimas as
críticas que faz ao sistema económico atual. Um sistema “injusto”, afirma, no
qual prevalecem o capitalismo e o lucro, que em si mesmos “não são diabólicos,
se não são transformados em ídolos”. “Não o são se são instrumentos”,
esclarece; pelo contrário, “se o bem comum e a dignidade dos seres humanos
passam ao segundo plano, por não dizer ao terceiro lugar, se o dinheiro e o
lucro se tornam fetiches a serem adorados, então, as nossas sociedades estão
arrasadas”.
"A humanidade - é, portanto, o
apelo do Santo Padre - e toda a criação devem deixar de estar a serviço do
dinheiro” e recoloca no centro “a pessoa humana, a sua dignidade, o bem comum,
as gerações futuras que vão povoar a terra depois de nós” que, de outra forma,
acabarão vivendo em um “monte de lixo e entulho". "O cristão é
inclinado ao realismo, não ao catastrofismo – acrescenta. Embora se,
precisamente por esta razão, não possamos esconder uma evidência: o sistema
atual é insustentável".
domingo, 11 de outubro de 2015
EMRC e cursos vocacionais
É
possível que os alunos dos cursos vocacionais frequentem a disciplina
de EMRC. No entanto, atendendo ao caráter e organização específicos
destes cursos entendemos oportuno enviar estas informações retiradas da
portaria partilhada ontem, a fim de evitar atropelos e confusões.
Começamos por informar que antes de qualquer avanço é importante e necessário ler a legislação em causa.
Da nossa leitura salientamos que este diploma entra em vigor a 12 de outubro, amanhã, e que os projetos já em desenvolvimento só são abrangidos
pelas normas desta portaria se a escola entender que os cursos podem
beneficiar das alterações introduzidas (artigo 45º - Normas
transitórias).
Salientamos
também alguns pontos da mesma portaria que entendemos importante
conhecer, nesta fase de implementação da disciplina nestes cursos. Se
este ano não for possível avançar com a implementação desta portaria,
pelo menos vamos preparando e refletindo sobre o que é necessário
agilizar para o próximo ano letivo.
1
- A estrutura curricular os cursos vocacionais é organizada em módulos,
sendo por isso necessário adequar o currículo de EMRC para essa
modalidade (baseando-se no programa da disciplina para o ensino básico
ou secundário, respetivamente), de acordo com a duração do curso (1 ou 2
anos). O currículo/módulos deve ser adequado a estes cursos e decidido a
nível de escola. Não há manuais, pelo que todos os recursos/materiais
são elaborados pelo docente. Critérios de avaliação, módulos, etc podem
carecer de aprovação pelo Conselho Pedagógico ou outros órgãos;
2-
Parece-nos que não é possível juntar alunos do regime geral com alunos
dos cursos vocacionais para formar turma, uma vez que o currículo de
cada oferta formativa é distinto;
3 - Os alunos têm de assistir a 90% das aulas de cada módulo, para poder obter aprovação no mesmo;
4-
Os professores têm de lecionar a totalidade de aulas previstas em cada
módulo. No caso do docente faltar, mesmo justificadamente, tem de repor
essas mesmas aulas;
5- A avaliação dos alunos incide sobre os conhecimentos e capacidades adquiridas;
6-
A avaliação sumativa interna ocorre no final de cada módulo ou conjunto
de módulos e é validada em conselho de turma, o qual o professor de
EMRC integra;
7- A classificação da disciplina é expressa numa escala de 0 a 20 valores;
8-
A publicação em pauta com a classificação de cada módulo só tem lugar
quando o aluno atingir, nesse módulo, a classificação mínima de 10
valores;
9- A classificação final da disciplina corresponde à média das classificações dos módulos previstos, arredondada às unidades.
EMRC como disciplina facultativa nos cursos vocacionais do ensino básico e secundário!
EMRC como disciplina facultativa nos cursos vocacionais do ensino básico e secundário!
dre.pt
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
UMA IMAGEM QUE PEREGRINA AO ENCONTRO DAS PESSOAS, FAMÍLIAS E COMUNIDADES
A nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco recebe, neste
mês de Outubro, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima. Sei que não é
muito agradável para qualquer mãe (e irmãos) que seus filhos estejam ausentes
nos momentos fortes da vida pessoal e familiar. Os pais sabem que é preciso
celebrar estas e outras festas da vida para unir e ajudar a família a fazer da
vida uma verdadeira festa, antecipação da FESTA eterna!
A minha ausência em Roma no Sínodo dos Bispos sobre a Família,
não me permite a presença física. No entanto, agradecido e unido a todo o
Presbitério diocesano, vivo na esperança de que a imagem da Senhora de Fátima
ajudará a abrir o coração de todos os diocesanos para que recebam a Mãe de Deus
e nossa Mãe no melhor cantinho do seu coração, pessoal e familiar. E, aí, Lhe
prestem todas as atenções, com oração e ternura, com o encanto de filhos
agradecidos e a decisão de trilhar o caminho que leva a Cristo. Que todos A
recebam com tanto amor e ternura como quando Cristo, confiando plenamente em
nós, no-l’A entregou com enorme delicadeza e carinho: “Filho, eis aí a tua Mãe”.
A visita da imagem peregrina será, também, momento oportuno
para que toda a Diocese intensifique a oração, reze e acompanhe os trabalhos do
Sínodo a decorrer em Roma, tendo presente a família, todas as famílias da nossa
Diocese, sobretudo aquelas que, por causa da ausência de Deus na vida pessoal e
familiar, sofrem a solidão e a instabilidade. Todas as famílias feridas pelas
guerras, os exílios, a fome, a exclusão, as doenças, a separação, o divórcio, os
maus tratos, o desemprego, a insegurança, a falta de habitação e de acesso à cultura
e à saúde…
Neste olhar suplicante, não esqueçamos os avós que sofrem,
silenciosa mas amargamente, a dor própria e a dos seus, a falência do casamento
de seus filhos e netos e veem, por vezes, as crianças a serem abandonadas ou a
serem objeto de disputa sem qualquer atenção à sua dor e tristeza. O
Instrumento de Trabalho do Sínodo dos Bispos sublinha que a experiência do
fracasso matrimonial é sempre uma derrota, não escolhida em plena liberdade, mas
aceite com muito sofrimento. Uma situação dolorosa que não temos o direito de julgar,
condenar ou apontar. Jesus, ao anunciar as exigências do Reino, olhou sempre
com amor e ternura para todos. Acompanhou-os com solicitude de Bom Pastor, mas sem
nunca prometer ou sequer insinuar o que não podia dar. Nunca fugiu à verdade
das coisas e das situações, pois só a verdade transforma e eleva. O Papa
Francisco, perante a diversidade de situações e sofrimento, aconselha-nos a ter
“uma atitude sábia e diferenciada. Por vezes permanecendo ao lado e escutar em
silêncio; outras vezes ir à frente indicar o caminho por onde prosseguir,
outras vezes pôr-se atrás para apoiar e encorajar”, com respeito e humildade.
Sirvamos e rezemos por estas famílias e pessoas feridas e
sofredoras. Peçamos pelos jovens para que se envolvam verdadeiramente numa
séria preparação para o seu matrimónio. Demos graças ao Senhor pela generosa
fidelidade com que tantas e tantas outras respondem, com alegria e fé, à sua
vocação e missão, mesmo no meio das dificuldades e vergastadas da vida. Estas
entenderam que “a fé faz descobrir a vocação ao amor e assegura que este amor é
fiável, que vale a pena entregar-se a ele, porque o seu fundamento se encontra
na fidelidade a Deus, que é mais forte do que toda a nossa fragilidade”(LF 53).
Que Nossa Senhora de Fátima nos toque o coração, nos dê a
graça da conversão constante e nos ajude a entender cada vez mais “a beleza, a
função e a dignidade da família” e a termos uma pastoral familiar mais ousada e
inovadora “que evidencie sempre o valor do encontro pessoal com Cristo, permita
realçar a centralidade do casal e da família no projeto de Deus e leve a
reconhecer como Deus entra no concreto da vida familiar, tornando-a mais bela e
vital” (IL).
Antonino Dias, Bispo
Diocesano
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