quinta-feira, 22 de março de 2018

VIII Encontro Diocesano de alunos de EMRC da diocese de Portalegre - Castelo Branco



"A opção pela disciplina rasga caminhos para a Vida"



As “portas da cidade” de Portalegre abriram-se para acolher dezenas de professores e várias centenas de alunos de Educação Moral e Religiosa Católica, no VIII Encontro Diocesano de Alunos de EMRC, do 9º ano e ensino secundário, da diocese de Portalegre-Castelo Branco.
Trata-se de uma atividade que consta no Plano Anual de Atividades do Secretariado Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas, da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, tendo sido escolhido como tema do Encontro deste ano: “Histórias de jovens para jovens”.
 Durante a manhã e após o acolhimento, onde os professores de EMRC de Portalegre e a Presidente da Câmara Municipal de Portalegre deram as boas-vindas a todos os presentes, seguiu-se, por sugestão dos alunos do 12º ano da Escola Secundária Mouzinho da Silveira – Portalegre, a integração dos presentes (alunos e professores) em grupos, onde foi possível conhecer e conviver com outros colegas visitando alguns locais e museus significativos da cidade, nomeadamente o Mosteiro de S. Bernardo – actual escola da GNR – as instalações da Caritas diocesana, o edifício dos Paços do Concelho ou os Museus - da Tapeçaria e a Casa-Museu José Régio, com destaque para a visita à Sé, onde o Sr Bispo da Diocese, Dom Antonino Dias, acolheu e cumprimentou os 25 grupos de alunos. 
Após o almoço partilhado, no Mercado municipal, tipo “piquenicão”, onde não faltou a música nem uma aula de zumba, o Sr Bispo falando aos presentes, deu-lhes a conhecer um pouco da história da Diocese, referiu que a diocese de Portalegre-Castelo Branco é uma Diocese desertificada e envelhecida e agradeceu o trabalho dos professores bem como a opção de muitos jovens pela inscrição na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, “é para rasgar caminhos para a vida”.
Seguiu-se, em palco a atuação de bandas de música compostas por alunos e momentos de dança com muita animação.

Ao longo do dia verificou-se muita alegria, interação, partilha de experiências e convívio entre os alunos das várias escolas ou agrupamentos de escolas que marcaram presença.

Colaborador Manuel

sexta-feira, 16 de março de 2018

DIA DO PAI EM DIA DE SÃO JOSÉ



Filipe disse a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”. Jesus respondeu: ”Há tanto tempo que estou no meio de vós e ainda não Me conheces, Filipe? Quem Me viu, viu o Pai. Como é que me dizes: “mostra-nos o Pai? Não acreditas que o Pai está em Mim e Eu estou no Pai?” (Jo 14, 8-11).
“Mãe, mostra-nos o pai e isso no bastará”, dirão muitos filhos de pai ausente, os filhos duma «sociedade sem pais». Hoje, porém, mercê duma vida superocupada e a correr como quem foge à polícia, mesmo que os afazeres familiares sejam compartilhados tanto pelo pai como pela mãe, a vida de muitas mães também se tornou difícil, complexa e cansativa. É aquilo que é e nem sempre aquilo que o próprio casal quis ou desejaria que fosse. Nestas circunstâncias, também alguns filhos poderão implorar: “pai, mostra-nos a mãe e isso nos bastará”. Se Jesus está no Pai e o Pai está n’Ele, se Jesus é o rosto visível do Pai invisível, sempre presente, atual e atuante, em identificação e comunhão total e eficaz com o Pai, entre nós, porém, os meramente humanos, nem a mãe está no pai, nem o pai está na mãe. A presença da mãe não preenche a ausência do pai, nem a presença do pai preenche a ausência da mãe. São homem e mulher, cada um com a sua muito própria e específica missão e vocação de pai e mãe. As suas pessoas e presença não se identificam, nem, para bem do todo que é a família, a sua missão se deveria inverter ou fazer substituir. Mas hoje vamos falar apenas do pai, celebramos o Dia do Pai, celebramos o dia litúrgico de São José.
O que, em nossos dias, está em causa, não é tanto, como refere o Papa Francisco, a “presença invasora do pai” como acontecia no passado. É, sim, “a sua ausência”. Por vezes, “o pai está tão concentrado em si mesmo e no próprio trabalho ou então nas próprias realizações individuais que até se esquece da família”. Além disso, o “tempo cada vez maior que se dedica aos meios de comunicação e à tecnologia da distração”, a maneira suspeitosa com que se olha a autoridade, a forma como “os adultos são postos em discussão”, e eles próprios “abandonam as certezas” e “não dão orientações seguras e bem fundamentadas aos seus filhos”, tudo, tudo isso prejudica o processo adequado de amadurecimento que as crianças precisam de fazer. “Deus coloca o pai na família, para que, com as características preciosas da sua masculinidade, esteja próximo da esposa, para compartilhar tudo, alegrias e dores, dificuldades e esperanças. E esteja próximo dos filhos no seu crescimento: quando brincam e quando se aplicam, quando estão descontraídos e quando se sentem angustiados, quando se exprimem e quando permanecem calados, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar o caminho”. Pai presente “não significa ser controlador, porque os pais demasiado controladores aniquilam os filhos”. Por outro lado, alguns pais “sentem-se inúteis ou desnecessários, mas a verdade é que os filhos têm necessidade de encontrar um pai que os espera quando voltam dos seus fracassos. Farão tudo para não o admitir, para não o revelar, mas precisam dele” também para que não “deixem de ser crianças antes de tempo” (AL176-177).
De facto, é próprio da missão do pai ser, em comunhão com a esposa com quem compartilha tarefas e abraça responsabilidades, ser grata referência no seio da família pela sua forma de ser e estar, pela maneira como entusiasma e louva, como brinca e adverte, pela segurança que sempre transmite, pela empatia que o seu exemplo é capaz de gerar e estimular a crescerem com ele, indo, se possível, ainda mais além. Muitas vezes, no mar da vida de crianças, adolescentes, jovens e até adultos, as ondas batem forte demais, os ventos sopram violentamente, o barco parece afundar-se, há silêncios sofridos, há medos a precisarem de ser destronados, realidades simples que parecem fantasmas monstruosos, há terramotos existenciais que abalam, destroem e fazem sofrer. No meio de tudo isto, como será importante que o pai ajude a identificar a suave brisa em que o Senhor se manifesta (1Reis 19, 11-13), que ajude a distinguir as ondas dos ventos, os fantasmas da realidade, os terramotos do simples estremecer, que ajude a bem discernir, com discrição, serenidade e segurança, que aponte possíveis direções a seguir em liberdade, que ajude a rasgar amplas estradas para a vida, incutindo alegria e esperança: “Coragem, não tenhas medo!”.
A par, consciente da sua vocação e missão, o pai presente sabe rezar em nome da família e pela família, sabe agradecer e louvar, sabe convidar a família a louvar e a agradecer. Pelo seu natural testemunho de vida, faz crescer a família em confiança no Senhor, no Senhor que lhe deu a graça de partilhar a responsabilidade do seu lar, comunidade de vida e de amor. A Sagrada Escritura apresenta-nos vários pais a pedir ao Senhor, com fé e humildade, a cura dos seus filhos doentes. Jairo, por exemplo, um dos chefes da sinagoga, caiu aos pés de Jesus a pedir-lhe com insistência: “A minha filha está a morrer. Vem e põe as mãos sobre ela, para que sare e viva”. Jesus acompanhou Jairo e restituiu-lhe a filha com saúde (Mc 5, 21-43). Em Cafarnaum, um funcionário real cujo filho se encontrava gravemente doente, saiu ao encontro de Jesus a pedir-lhe que o curasse: “Senhor, desce, antes que meu filho morra”…”Podes ir que o teu filho está vivo”, o homem acreditou na Palavra de Jesus, foi-se embora e encontrou o filho curado (Jo 4, 46-54). Outro pai aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e implorou: “Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epilético e tem ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo e na água”. E Jesus curou o menino (Mt 17, 14-20).
Para além dos filhos, toda a sociedade lucra quando os pais exercem bem a sua missão de pais, quando dão orientações seguras e bem orientadas, quando transmitam modos, princípios e valores estruturantes da vida, quando iniciam os seus filhos no bom exercício da cidadania civil e eclesial, quando as funções entre pais e filhos não são invertidas nem substituídas.

Antonino Dias
Isna de Oleiros, 16-03-2018.

quinta-feira, 8 de março de 2018

VIIIº Encontro Diocesano de Alunos de EMRC, 9º ano e Secundário

Esta atividade  consta no Plano Anual de Atividades do Secretariado Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas,  assim como de todas as escolas envolvidas e por isso gostaríamos de poder contar com todos... 
Este ano a realização deste encontro será na cidade de Portalegre e pretende que os jovens acolhedores levem os acolhidos a visitar e conhecer as valências mais significativas da cidade de Portalegre e a própria Sé, encontrando-se e cumprimentando o Sr Bispo, D. Antonino...
Depois do almoço partilhado, tempo para convívio e alegria próprios deste dia... Onde sobressaem os talentos da juventude.

Manuel

quarta-feira, 7 de março de 2018

Despertos para Cristo | Retiro de Jovens



No passado fim-de-semana (2 a 4 de Março), aconteceu na Diocese de Portalegre – Castelo Branco, na paróquia de Vila de Rei, o Retiro para Jovens, com o tema “Desperta tu que dormes”, organizado pelo Secretariado Diocesano da Pastoral da Juventude e Vocações.


Participaram cerca de 35 jovens vindos das paróquias de Abrantes, Alferrarede, Carvoeiro e Constância (Arciprestado de Abrantes), Alcains (Arciprestado de Castelo Branco), Gavião e Ponte de Sor (Arciprestado de Ponte de Sor), Cernache do Bonjardim, Ermida, Fundada, Vila de Rei e Sertã (Arciprestado de Sertã).
Para orientar o tempo de retiro com os jovens, esteve presente o Padre Alberto Tapadas, pároco das paróquias de Longomel e Ponte de Sor, que desafiou os nossos jovens a despertarem dos adormecimentos impostos pelos ritmos da sociedade, de modo a cada jovem reconhecer em Jesus o Sentido Único da sua fé.
O retiro teve início com uma dinâmica de apresentação entre o grupo, e com um “pensa rápido” de perguntas sobre a experiência de fé dos jovens presentes, seguido de um momento de oração de acção de graças. A terminar a noite, cada jovem foi levado às diferentes zonas de quartos para que todos se pudessem instalar e acomodar. A noite terminou com um “chá e umas bolachas” como forma de estreitar laços entre todos.
O dia de sábado começou com a oração da manhã, onde cada jovem foi confrontado com o seu “Ser único” aos olhos de Deus e “Ser muito amado” por Deus. Deus espera de cada jovem, não coisas fantásticas, mas espera gratuidade e partilha dos dons que Ele concede e coloca no coração de cada um.
O Padre Alberto, durante este dia de sábado, foi reflectindo com os jovens sobre a fé, e como cada jovem vive a fé nas diferentes realidades da sua vida. Neste caminho de descoberta, o padre Alberto destacou a importância do conhecimento de si mesmo; da oração e do “como” no dialogo com Deus; a necessidade de cada um mudar em si mesmo aquilo que não é compatível com o Evangelho de Jesus; e também sobre a coragem de cada um assumir, de modo coerente, um caminho de santidade.
No final da tarde, e após o lanche, foi celebrada a Eucaristia onde se partilharam e agradeceram, a partir do Evangelho de Jesus, as pistas que o padre Alberto havia desafiado. Depois do jantar, os jovens caminharam com a Cruz de Jesus, rezando as várias estações da Via Sacra. A noite “foi terminando” em redor da Cruz, num momento forte e íntimo de adoração ao Cruxificado.
O Domingo foi dia de oração e de partilha das conclusões descobertas por cada jovem. Na oração da manhã os jovens terminaram a oração da Via Sacra, iniciada na noite anterior, agradecendo assim a oferta de Jesus por toda a Humanidade. Seguiu-se um trabalho prático e de diálogo em grupos, onde cada um tinha que encontrar o seu “símbolo metade” e, em conjunto, dialogar sobre um tema que o Padre Alberto tinha partilhado no dia de sábado.
O retiro terminou com a proposta aos jovens de lutarem sempre pela felicidade, assumindo Jesus com coragem, em todos os projectos, e com o entusiasmo próprio de quem se sabe amado e desafiado a muito mais do que ficar parado no Tempo e na História, sem deixar a sua marca.
Destacar ainda a passagem do nosso Bispo Diocesano, D. Antonino Dias, e dos padres, João Pires Coelho (Vila de Rei) e Paulo Ribeiro (Cernache do Bonjardim) pelo Centro Pastoral de Vila de Rei, para cumprimentarem e entusiasmarem os jovens presentes. Uma presença que a todos alegrou e estimulou.
Sdpjvpcb