terça-feira, 26 de novembro de 2013

Encerramento do Ano da Fé em Portalegre




 
No passado dia 24 de novembro, Solenidade de Cristo Rei, todos os caminhos conduziram milhares de pessoas na direção de Portalegre para o encerramento do Ano da Fé, a nível diocesano.
Com feliz animação na Praça da República, pelo Arcipreste de Ponte de Sor, e a distribuição, pelos escuteiros, de uma pequena vela e do Símbolo dos Apóstolos a todas as pessoas que iam chegando, começou este grande encontro-festa, a Festa da Fé. O Vigário Geral da Diocese, antes de se partir em direção à Sé Catedral, fez um pouco de história sobre a vivência do Ano da Fé a nível diocesano, desde que foi iniciado em Cernache do Bonjardim, em novembro de 2012. Muitos foram os gestos e símbolos visíveis da Fé nas comunidades e famílias, marcando o sentido da unidade da Igreja Diocesana e a comunhão com a Igreja Universal. Terminou a sua alocução, referindo que “Hoje, com o nosso bispo e toda a Diocese, queremos concluir este caminho, pessoal e comunitário que fizemos neste Ano da Fé”.
 
 
O Bispo Diocesano, depois da bênção das velas, deu início à caminhada para a Sé Catedral. À abrir o cortejo, iam a “Barca da Fé”, os Círios arciprestais que percorreram as paróquias durante o Ano da Fé, o Prelado, os Arciprestes, todos os presbíteros e diáconos, os consagrados e uma multidão infindável de leigos que a grande catedral não conseguiu albergar a todos. Muita gente teve de ficar no interior dos claustros da Sé ou no exterior, acompanhando e vivendo a celebração através de um circuito interno de televisão.
Depois de todos se acomodarem, o Presidente da Assembleia, entoou o “Glória” que os acólitos foram acompanhando com o toque de campainhas.
D. Antonino Dias, ao dirigir a palavra, começou por manifestar a sua alegria pela presença de tão numerosa assembleia, afirmando: “É com alegria que recebemos a todos vós, caríssimos diocesanos, nesta Igreja Mãe da Diocese. Em comunhão com toda a Igreja, depois de uma caminhada segundo as diretrizes do Ano da Fé, encerramos hoje esse tempo de graça, na esperança de que continuaremos a abrir a “Porta da Fé” em busca de caminhos novos e novos desafios.”
E porque era um dia de festa e de alegria, o Senhor Bispo, pegando nas palavras do Papa Francisco, dizia: “Deus convidou-nos para a festa, não foi um convite «para dar um passeio» mas «para uma festa; para a alegria:  alegria de ser salvo,  alegria de ser redimido», a alegria de partilhar a vida com Jesus. O elemento principal da festa é exatamente a «reunião», a “reunião de pessoas que falam, riem, festejam, são felizes” porque estão «com os outros, em família, com os amigos». Ser cristão implica esta alegria de o ser, implica ter esta consciência de «pertença. Pertencemos a este corpo», feito de «pessoas que foram convidadas para a festa»; uma festa que «nos une a todos», que “cria comunidade” e nos torna “disponíveis para o que o Senhor nos pede” sem pedirmos exceções. A festa significa «entrar no povo de Deus que caminha rumo à eternidade» e no qual «ninguém é protagonista», porque «temos Alguém que fez tudo» e só Ele pode ser “o protagonista”: Cristo Senhor, o Rei do Universo pelo qual o mundo existe e é salvo”.
Falou da fé como “a fé una” e como “um bem para todos: um bem comum que ajuda a construir a sociedade pelo caminho da esperança; um bem que ilumina e fortalece a família no matrimónio, constrói convivência humana sadia e gera a fraternidade universal no respeito pela dignidade de cada pessoa; um bem que nos faz olhar com maior respeito para a natureza como obra da bondade e do amor de Deus Criador; um bem que nos dá a força consoladora no sofrimento e é fonte de esperança no quotidiano da vida …”. A terminar, fez um apelo aos pais, os primeiros educadores na fé, a melhor herança que podem deixar aos seus filhos: “Não vos demitais deste dever para que os vossos filhos possam ser construtores de um mundo melhor e possam ser portadores da alegria da salvação, da alegria que o Senhor nos veio trazer. E que eles possam também, na escola do vosso lar, ser formados para, mais tarde, constituírem uma família que seja verdadeira comunidade de vida e de amor, enriquecida com a graça do Sacramento do Matrimónio e dinamizada por uma fé adulta, forte e esclarecida que encontra na intimidade com Cristo a força para discernir e agir. Não esqueçais: os filhos respiram e assimilam o que vivem no ambiente familiar…”