O Dia dos Namorados é dia de alegria e de
esperança! Dia para namorar, cantar, sorrir, brindar e sonhar, neste mundo que tantas
vezes parece andar amuado consigo próprio. Dia para refletir, agradecer e
continuar a projetar a vida num amanhã que se deseja cheio de luz e de
prosperidade. É a primavera da vida a florir e a rasgar o futuro, descobrindo a
pessoa do outro a quem se mirou e procura conhecer, deixando que esse outro
seja ele mesmo, tenha o seu próprio espaço e seja respeitado na sua
individualidade.
Nessa descoberta recíproca, nessa intercomunicação mútua,
nessa revelação que cada um faz de si mesmo ao outro, se vai descortinando a
força que o verdadeiro amor transporta em si e os cuidados que ele reclama.
E como é bom, bonito e saudável sonhar e
concretizar um futuro a dois, em busca de uma família bem alicerçada e estável,
garante de futuro feliz para marido, esposa e filhos, para a família e a própria
sociedade!
Não dizemos nós, com o poeta, “que o sonho comanda
a vida, que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida
entre as mãos de uma criança”? Sim, é o sonho que comanda a vida, mesmo quando a
vida está preta para o lado de quem sonha e logo faz sentir os picos na
concretização do projeto sonhado. De facto, desde o princípio que o
ziguezaguear da existência humana a todos interpela e tantas vezes incomoda e
aflige. Neste caso, reconhecemos que são muitos os contratempos com que se
deparam os namorados, quando pensam casar-se e constituir uma nova família - a
sua família! - que desejam plena de harmonia e de paz, de alegria e de
felicidade.
A debilidade social, expressa sobretudo na cultura
do provisório e numa acelerada derrapagem de valores, afeta e arrasta dificuldades
e medos perante as opções fundamentais de vida que pedem compromissos
definitivos.
A não empregabilidade ou precariedade no emprego e a
inexistência de apoios dificultam, ou não permitem mesmo, a concretização desse
projeto, tal como é ou foi idealizado a dois. No entanto, se o namoro for aquilo
que deve ser, não deve haver receio de confiar, teimar e arriscar, em
fidelidade criativa, dando e recebendo com alegria e humildade.
Para nós, o namoro é também um itinerário de fé, um
tempo de graça, um trajeto apoiado na importância do ser humano, no valor da
vida e da família, no Amor de Deus fonte de todo o amor e fidelidade, nos gestos
pequeninos e pequeninas atenções de cada dia.
A Comissão Episcopal do Laicado e Família saúda com
fundada esperança os namorados e, de uma forma especial, todos quantos procuram
o sentido e o valor do Matrimónio Cristão e para ele se preparam na exigência
da verdade e do amor.
Comissão Episcopal do Laicado e da Família
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