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Tenho dado algumas notícias do Sínodo, mais sobre a
sequência dos seus trabalhos do que daquilo que por cá se vai dizendo. Agradeço
os comentários e as partilhas que muitos dos meus amigos, no facebook, fizeram
ao que fui noticiando. Como sabem, o que por cá se tem dito, nas Congregações
Gerais e nos Círculos Menores, não é definitivo nem oficial. Não viemos para
fazer isso. Viemos, com humildade e espírito de serviço colegial, a convite do
Santo Padre, para partilhar o que pensamos, sentimos, vemos e auguramos sobre
os desafios, a vocação e a missão da família na Igreja e no mundo
contemporâneo, tendo também em conta o que as Igrejas particulares disseram. E
tudo é, sem dúvida, de uma riqueza e diversidade extraordinárias, riqueza
partilhada em espírito de grande colaboração, sem levantar muros mas rasgando
horizontes e procurando abrir novos caminhos de ação pastoral. As diferenças
culturais e distintas sensibilidades são mais convergentes e complementares do
que discordantes ou contrapostas. Mas tudo quanto se partilhou e irá partilhar
nestes dias que faltam para o final do Sínodo, será apresentado ao Santo Padre
para que ele tome as medidas que lhe aprouver e fale a toda a Igreja com
conhecimento do que a mesma Igreja, espalhada por todo o mundo, pensa, vive e,
na prática, faz. Acolherá, com certeza, com muita delicadeza e atenção, tudo
quanto lhe é dito. Dirá, porém, como Pastor da Igreja Universal, o que, com a
presença e ação do Espírito Santo, discernir e lhe parecer melhor para o bem da
Igreja e, no caso, para o bem da família e da própria comunidade humana.
É evidente que a Igreja não se pode deixar condicionar por
modelos errados de pensamento e ação ou por sentimentos de falsa compaixão,
ferindo a verdade e a justiça. Não pode aplaudir quem queira promover os
pecados e os vícios a direitos humanos. Não pode prometer o que não pode dar.
Mas tem a obrigação de, em fidelidade ao Evangelho, o interpretar e anunciar em
cada tempo, com beleza e encanto, de forma a provocar e facilitar que cada
pessoa possa ter um encontro pessoal com Jesus Cristo, caminho, verdade e vida,
para que O siga com alegria e esperança.
Temos olhado para a família em toda a sua complexidade, nas
suas luzes e sombras, procurando iluminar as sombras e aplaudir as luzes. E se
estamos conscientes das dificuldades culturais e sociais que a família
enfrenta, muito mais conscientes estamos do valor e importância da família,
constituída por um homem e uma mulher e aberta aos filhos, para o progresso e
humanização da sociedade.
Hoje, de manhã e de tarde, tivemos trabalho de grupos.
Amanhã, de manhã, dia 20, voltaremos ao trabalho de grupos. De tarde, terá
lugar a XIV Congregação Geral.
19-10-2015 – D. Antonino Dias