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No passado dia 24 de novembro,
Solenidade de Cristo Rei, todos os caminhos conduziram milhares de
pessoas na direção de Portalegre para o encerramento do Ano da Fé, a
nível diocesano.
Com feliz animação na Praça da
República, pelo Arcipreste de Ponte de Sor, e a distribuição, pelos
escuteiros, de uma pequena vela e do Símbolo dos Apóstolos a todas as
pessoas que iam chegando, começou este grande encontro-festa, a Festa da
Fé. O Vigário Geral da Diocese, antes de se partir em direção à Sé
Catedral, fez um pouco de história sobre a vivência do Ano da Fé a nível
diocesano, desde que foi iniciado em Cernache do Bonjardim, em novembro
de 2012. Muitos foram os gestos e símbolos visíveis da Fé nas
comunidades e famílias, marcando o sentido da unidade da Igreja
Diocesana e a comunhão com a Igreja Universal. Terminou a sua alocução,
referindo que “Hoje, com o nosso bispo e toda a Diocese, queremos
concluir este caminho, pessoal e comunitário que fizemos neste Ano da
Fé”.
O Bispo Diocesano, depois da bênção das
velas, deu início à caminhada para a Sé Catedral. À abrir o cortejo, iam
a “Barca da Fé”, os Círios arciprestais que percorreram as paróquias
durante o Ano da Fé, o Prelado, os Arciprestes, todos os presbíteros e
diáconos, os consagrados e uma multidão infindável de leigos que a
grande catedral não conseguiu albergar a todos. Muita gente teve de
ficar no interior dos claustros da Sé ou no exterior, acompanhando e
vivendo a celebração através de um circuito interno de televisão.
Depois de todos se acomodarem, o
Presidente da Assembleia, entoou o “Glória” que os acólitos foram
acompanhando com o toque de campainhas.
D. Antonino Dias, ao dirigir a palavra,
começou por manifestar a sua alegria pela presença de tão numerosa
assembleia, afirmando: “É com
alegria que recebemos a todos vós, caríssimos diocesanos, nesta Igreja
Mãe da Diocese. Em comunhão com toda a Igreja, depois de uma caminhada
segundo as diretrizes do Ano da Fé, encerramos hoje esse tempo de graça,
na esperança de que continuaremos a abrir a “Porta da Fé” em busca de
caminhos novos e novos desafios.”
E
porque era um dia de festa e de alegria, o Senhor Bispo, pegando nas
palavras do Papa Francisco, dizia: “Deus convidou-nos para a festa, não
foi um convite «para dar um passeio» mas «para uma festa; para a
alegria: alegria de ser salvo, alegria de ser redimido», a alegria de
partilhar a vida com Jesus. O elemento principal da festa é exatamente a
«reunião», a “reunião de pessoas que falam, riem, festejam, são
felizes” porque estão «com os outros, em família, com os amigos». Ser
cristão implica esta alegria de o ser, implica ter esta consciência de
«pertença. Pertencemos a este corpo», feito de «pessoas que foram
convidadas para a festa»; uma festa que «nos une a todos», que “cria
comunidade” e nos torna “disponíveis para o que o Senhor nos pede” sem
pedirmos exceções. A festa significa «entrar no povo de Deus que caminha
rumo à eternidade» e no qual «ninguém é protagonista», porque «temos
Alguém que fez tudo» e só Ele pode ser “o protagonista”: Cristo Senhor, o
Rei do Universo pelo qual o mundo existe e é salvo”.
Falou da fé como “a fé una” e como “um bem para todos:
um bem comum que ajuda a construir a sociedade pelo caminho da
esperança; um bem que ilumina e fortalece a família no matrimónio,
constrói convivência humana sadia e gera a fraternidade universal no
respeito pela dignidade de cada pessoa; um bem que nos faz olhar com
maior respeito para a natureza como obra da bondade e do amor de Deus
Criador; um bem que nos dá a força consoladora no sofrimento e é fonte
de esperança no quotidiano da vida …”. A terminar, fez um apelo aos
pais, os primeiros educadores na fé, a melhor herança que podem deixar
aos seus filhos: “Não vos demitais
deste dever para que os vossos filhos possam ser construtores de um
mundo melhor e possam ser portadores da alegria da salvação, da alegria
que o Senhor nos veio trazer. E que eles possam também, na escola do
vosso lar, ser formados para, mais tarde, constituírem uma família que
seja verdadeira comunidade de vida e de amor, enriquecida com a graça do
Sacramento do Matrimónio e dinamizada por uma fé adulta, forte e
esclarecida que encontra na intimidade com Cristo a força para discernir
e agir. Não esqueçais: os filhos respiram e assimilam o que vivem no
ambiente familiar…”
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